Quando digo aos meus alunos que o pensamento tem poder, e que o primeiro passo para a realização de um sonho é o pensamento de que ele é capaz de realizá-lo, não estou me referindo a algo simbólico, mas sim a uma realidade que pode ser comprovada cientificamente.
Muitos autores tem estudo sobre a AUTOEFICÁCIA, mas poucas pesquisas foram feitas estudando a autoeficácia em bailarinos e portanto, firmei uma parceria com uma pesquisadora e professora da Universidade do Estado de Minas Gerais para desenvolvermos pesquisas sobre esse tema.
Camila Bicalho é Mestre em Ciências do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais/Laboratório de Psicologia do Esporte e minha parceira para a realização futuros estudos nessa área envolvendo bailarinos.
Resumidamente a Autoeficácia refere-se aos julgamentos que as pessoas fazem das suas próprias habilidades. Essa avaliação é produto de complexos processos de autoperssuasão e seu processamento cognitivo é proveniente de experiências pessoais de desempenho, dentre outros fatores que podem influenciar na capacidade que a pessoa ACHA que tem.
Após uma pesquisa na literatura encontramos apenas seis artigos que pesquisaram sobre a autoeficácia em bailarinos e esses estudos concluíram que a autoeficácia, ou seja, a forma com que a pessoa enxerga o seu potencial, é capaz de influenciar o desempenho do bailarino, seja ele profissional, amador, adulto ou criança.
Isso significa que os bailarinos que acreditam que podem realizar um movimento, ou conquistar um papel têm mais chances, CIENTIFICAMENTE COMPROVADAS, de fazer isso virar realidade.
Então, acredite no seu potencial, não deixe que ninguém te desvalorize ou diga que você não é capaz, que não tem o perfil, que nunca vai chegar lá!
Autor desconhecido
Logo logo publicarei um outro post sobre a influência do professor na formação da autoeficácia do seu aluno e como isso pode alavancar ou destruir uma carreira.
Mas lembre-se! ACREDITAR que você é capaz já é meio caminho andado. Afinal de contas... o pensamento tem poder!
Referencias
Bandura, A. (1993). Perceived self-efficacy in
cognitive development and functioning. Educational
Psychologist, 28(2), 117-148. doi: 10.1207/ s15326985ep2802_3
Bandura, A. (2001). Social cognitive theory: An
agentic perspective. Annual
Review of Psychology, 52(1), 1-26
CALVO-MERINO,
Beatriz et al. Action observation and acquired motor skills: an FMRI study with
expert dancers. Cerebral cortex, v. 15, n. 8, p. 1243-1249, 2005.
DOYLE-LUCAS, Ashley F.;
DAVY, Brenda M. Development and evaluation of an educational intervention
program for pre-professional adolescent ballet dancers: nutrition for optimal
performance. Journal of Dance
Medicine & Science, v. 15, n. 2, p. 65-75, 2011.
EUSANIO, Jacqueline; THOMSON, Paula;
JAQUE, S. Perfectionism, shame, and self-concept in dancers: a mediation
analysis. Journal of Dance
Medicine & Science, v. 18, n. 3, p. 106-114, 2014.
Feltz, D. L., & Chase, M. A. (1998). The measure
of self-efficacy and confidence in sport. Em J. L. Duda (Org.), Advances in sport and exercise
psychology measurement (pp.
765-776). Purdue: Book Craffers.
GARCÍA-DANTAS, Ana;
QUESTED, Eleanor. The effect of manipulated and accurate assessment feedback on
the self-efficacy of dance students.Journal of Dance Medicine & Science,
v. 19, n. 1, p. 22-30, 2015.
GRUEN, Arno. The relation of dancing
experience and personality to perception. Psychological
Monographs: General and Applied, v. 69, n. 14, p. 1, 1955.
NORDIN-BATES, Sanna M. et al. Injury, imagery, and self-esteem in dance healthy minds in injured
bodies?. Journal of dance medicine &
science,
v. 15, n. 2, p. 76-85, 2011.
PETRIDES, Kostantinos V.; NIVEN,
Lisa; MOUSKOUNTI, Thalia. The trait emotional intelligence of ballet dancers
and musicians. Psicothema, v. 18,
n. 1, p. 101-107, 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário